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Franco Machado é CEO da Mogai e apresentou o Stone Eye na Cachoeiro Stone Fair. Foto: Sindirochas

Tecnologia capixaba pesa rochas em cima de caminhão em movimento por meio de fotos

Erika Santos

Imagina pesar um caminhão carregado com bloco de rocha ornamental em movimento, sem usar uma balança, tirando apenas fotos. Ficção científica? Não, é tecnologia genuinamente capixaba e que está sendo apresentada na Cachoeiro Stone Fair, feira do mármore e granito que vai até sexta-feira (30), em Cachoeiro de Itapemirim.

Essa é a proposta da startup Mogai, que foi desafiada pelo presidente do Sindirochas, Tales Machado, a desenvolver uma aplicação que fosse capaz de pesar os blocos usando fotografias.

A empresa já havia criado soluções semelhantes para a área de mineração e depois para a agropecuária. Para isso, ao longo de 16 anos, ela desenvolveu uma câmera 3D e software próprios, permitindo a pesagem de pilhas de minério e soja, por exemplo, a bois e vacas.

Agora, essa mesma tecnologia, batizada de Stone Eye, foi criada para pesar os blocos do setor de rochas ornamentais, como explica Franco Machado, CEO da Mogai.

“Essa tecnologia serve tanto para a empresa que extrai o bloco quanto para quem está comprando. Tem sempre aquela briga sobre qual é o tamanho do bloco, qual é a área útil, qual é o volume útil, então mede um pouquinho pra lá, um pouquinho pra cá, sempre tem aquela discussão. O objetivo é fornecer uma ferramenta que até faça o meio de campo entre quem está comprando e quem está vendendo. Vai ser útil para os dois lados”, afirmou.

Nesta entrevista, ele explica como a câmera trabalha e como os dados são reunidos para fornecer as informações que o cliente necessita.

Confira a entrevista

A Mogai desenvolveu essa tecnologia para a área de rochas ornamentais, mas antes dela, a empresa criou aplicações para outros setores. Como foi esse começo?
Franco Machado – A primeira aplicação desta tecnologia é voltada para a mineração e granulados. Minério de ferro, manganês, pedra, brita, areia, soja, qualquer coisa em grão e que faça pilha. Esse produto, a empresa vende para vários clientes no Brasil todo, já tem até oportunidade para a gente exportar.

Depois surgiu a oportunidade de fazer a aplicação na agropecuária. Desenvolvemos ao longo de três anos e meio um produto que se chama “Olho do Dono”, que está tendo bastante visibilidade também.
E agora recebemos um novo desafio do Tales Machado (presidente do Sindirochas). Ele apresentou pra gente esse desafio de dimensionar e pesar os blocos.

E aí juntou as duas coisas que a gente já fez: mineração com peso do boi. Juntamos as duas coisas dos nossos produtos, que são medir e pesar. E estamos aqui lançando.

Já fizemos alguns testes, que já foram bastante promissores, e a gente já está buscando clientes. O produto já resolve um problema que é medir o bloco e estimar o peso.

A empresa já está com um planejamento de ao longo do próximo ano de desenvolver várias funcionalidades específicas para rochas ornamentais, para fazer um produto bem especializado para o setor.

E como vocês trabalham? Foi necessário desenvolver uma câmera específica para isso?
Desenvolvemos uma câmera 3D, um equipamento que tem duas câmeras dentro. Ele é calibrado, tem todo um processo de calibração complexo. Já tem 16 anos que a gente começou a desenvolver essa tecnologia, que não para de evoluir.
Desenvolvemos tanto a câmera quanto o software que roda dentro da câmera e fora dela. Fizemos tudo. É um projeto bem completo e complexo. Então, com a foto, a gente mede as dimensões, volume. No caso do bloco, a gente já tem a informação de densidade. Tendo o volume dele com a densidade, a gente calcula, mede o peso direto. É uma conta de multiplicação só.

Quanto tempo levou para a empresa desenvolver essa tecnologia para o setor de rochas?
Essa versão básica que estamos colocando no mercado levou pouco tempo. Fizemos em três meses. E agora a empresa está vindo para um cronograma de trabalho de mais de um ano para poder fazer outros desenvolvimentos. Mas a parte de medição, das dimensões e peso, já está pronta para usar agora. Fizemos isso bem rápido.

Para quais empresas do setor essa tecnologia se aplica?
Serve tanto para a empresa que extrai o bloco quanto para quem está comprando. Tem sempre aquela briga sobre qual é o tamanho do bloco, qual é a área útil, qual é o volume útil, então mede um pouquinho pra lá, um pouquinho pra cá, sempre tem aquela discussão.

O objetivo é fornecer uma ferramenta que até faça o meio de campo entre quem está comprando e quem está vendendo. Vai ser útil para os dois lados. Inicialmente é uma aplicação mais para quem produz, que hoje enfrenta muitos problemas com a parte de transporte, frete, peso, essas coisas.

Essa ferramenta dispensa a pesagem ou ainda é necessário pesar o bloco?
Ela dispensa a pesagem. É possível fazer a pesagem do bloco até com o caminhão em movimento.

Como está sendo a receptividade dessa tecnologia na Cachoeiro Stone Fair?
Está sendo muito boa, estou impressionado. Estamos recebendo bastante demanda aqui.

A Mogai é uma empresa capixaba?
Sim, é empresa capixaba. Toda a tecnologia foi desenvolvida no Espírito Santo. A gente recebeu um investimento de um fundo de capital de risco, o Primatec, que aportou alguns milhões na empresa e isso nos alavancou. A gente está com uma previsão de crescimento de sete vezes em relação ao ano passado. A empresa está voando agora.

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