O prefeito de Alegre, José Guilherme Aguilar, espera economizar R$ 800 mil cortando festas, entre elas, a festa da cidade que aconteceria no mês de agosto.
Segundo ele, só com a festa da cidade o município deveria gastar R$ 300 mil e outros R$ 500 mil seriam gastos caso a prefeitura mantivesse as festividades nos distritos.
José Guilherme afirma que tomou a medida em função da queda na arrecadação, provocada pelo grave cenário econômico nacional e os impactos financeiros causados pela greve dos caminhoneiros ocorrida em maio.
“Foi uma decisão difícil. É uma festa importante. A população gosta muito, porém a arrecadação caiu e ao invés de gastar dinheiro para contratar artistas optei por investir na área da saúde, educação e em manutenção de estradas”, ressaltou o prefeito.
A festa da cidade é um dos principais eventos. Em anos anteriores já recebeu cantores nacionais, como Sérgio Reis, Agnaldo Rayol, Biquíni Cavadão, João Bosco e Vinícius e Molejo, além de rodeios e exposição agropecuária.
O município arrecada, em média, R$ 6,5 milhões mensais. Esse ano, segundo José Guilherme, a receita está R$ 500 mil menor. Somente o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) caiu de R$ 1,8 milhão para R$ 1,1 milhão.
Outro problema enfrentando pelo município é que, em função da queda na arrecadação, a prefeitura ultrapassou o limite prudencial de 51,3% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal com folha de pagamento. Chegou a R$ 52,6% e não está recebendo repasses federais.
A situação, de acordo com o prefeito, ficou ainda mais complicada porque o município precisou realizar, no mês passado, a intervenção da Casa de Caridade São José, após interdição parcial da Vigilância Sanitária Estadual.
José Guilherme pretende usar parte dos recursos economizados na aquisição de equipamentos para o hospital, como compressor de ar para uso medicinal, aparelhos de raio-x digital e de ultrassonografia e também na compra de medicamentos.