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Pesquisa aponta que 25% das mulheres não têm acesso a saneamento básico

redacao
Redação Dia a Dia

Um levantamento realizado pela BRK Ambiental, em parceria com o Instituto Trata Brasil, aponta que no Brasil 25% das mulheres não têm acesso adequado ao saneamento básico.

A pesquisa aponta ainda que no Espírito Santo situação é mais favorável em relação a vários estados, como em Cachoeiro, onde 99,6% da população urbana recebe água tratada.

Segundo a BRK Ambiental, somente nos dois últimos anos foram mais de R$ 12 milhões de investimento.

Não ter acesso à água tratada e aos serviços de coleta e tratamento de esgoto tem impacto direto na desigualdade de gênero no Brasil, como mostra o estudo.

A realidade é dura: no país, uma em cada quatro mulheres lidam com a falta de saneamento básico, com consequências calculáveis em sua formação educacional e renda, além da qualidade de vida, saúde e bem-estar.

No total, o público feminino que vive nestas condições representa 27 milhões de pessoas, mais de 10% da população brasileira. Quando olhamos para as indígenas e negras, os déficits são relativamente maiores.

A pesquisa foi desenvolvida com base no cruzamento de dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos Ministérios da Saúde, Educação e Cidades, em um levantamento inédito.

 

Mais de 15 milhões de mulheres não recebem água em casa

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADC) (IBGE, 2017), 15,2 milhões de mulheres declararam não receber água em suas residências, ou seja, uma em cada sete brasileiras não tinha acesso à água.

Essa carência se concentrava na população mais jovem (0 a 14 anos), de menor escolaridade e nas classes de renda mais pobre.

Além de não contarem com água potável, a ausência de banheiro em suas moradias – o mais primário dos problemas associados ao esgoto – atingia 1,6 milhão de mulheres brasileiras.

No país, há exemplos de estados com déficits de acesso à água tratada relativamente baixos, como foram os casos de Roraima (11,5% da população), Tocantins (12,9% da população) e Amazonas (25,4% da população).

Já no Nordeste, os estados que estavam mais adiantados no processo de universalização da água tratada foram Sergipe (14,0% da população), Bahia (14,5% da população) e Rio Grande do Norte (14,7% da população).

Na região Sudeste, economicamente mais avançada, destacava-se São Paulo (3,3%). No Sul, Paraná (8,5% da população) e Rio Grande do Sul (11,2% da população) contavam com os menores índices.

Especificamente no Espírito Santo, 13% das mulheres não têm acesso à água tratada e 0,3% não possui banheiro na moradia.

 

Cachoeiro é um dos pioneiros a recorrer à iniciativa privada para saneamento

Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, foi um dos primeiros municípios capixabas e do Brasil a recorrer à iniciativa privada para elevar os índices de saneamento básico, realizando investimentos ao longo dos últimos 21 anos.

Nesse período, a concessão dos serviços de água e esgoto investiu cerca de R$ 243 milhões em obras, melhorias e modernização do Sistema de Abastecimento de Água e do Sistema de Esgotamento Sanitário, contribuindo para promover transformações na vida de milhares de famílias.

Em especial nos últimos dois anos, os investimentos somaram R$ 12,7 milhões.

Como resultado, afirma a BRK, em Cachoeiro, atualmente, 99,6% da população urbana recebe água tratada de qualidade, índice alcançado por poucos municípios brasileiros, e a disponibilidade do sistema de esgotamento sanitário é 98,31% inclusive nos distritos, evitando a poluição do Rio Itapemirim e dos córregos.

“Atuamos de forma contínua para a evolução do saneamento básico, que tem um potencial transformador na vida das pessoas”, ressaltou o diretor da BRK Ambiental em Cachoeiro de Itapemirim, Bruno Ravaglia.

 

Saneamento poderia tirar mais de 635 mil mulheres da pobreza, aponta estudo

O estudo da BRK Ambiental aponta que o acesso à água e esgoto de forma regular tiraria, imediatamente, 635 mil de mulheres da pobreza.

As análises possibilitam traçar um perfil da privação: a mulher sem acesso adequado à água tratada pertencia a uma família entre as 30% mais pobres do Brasil, ela tinha baixa instrução – em sua maioria tinha o ensino fundamental incompleto –, era adolescente ou jovem (menos de 40 anos), morava nas regiões metropolitanas do país ou nas áreas rurais.

Já a mulher sem acesso aos serviços adequados de esgotamento sanitário tinha um perfil semelhante, com a distinção de que morava em áreas urbanas do interior do país. Os aspectos dão uma conotação social marcante à questão do acesso ao saneamento básico no Brasil.

Teresa Vernaglia, presidente da BRK Ambiental, destaca que a pesquisa mostra a dupla jornada praticada pela maior parte das mulheres no Brasil e o peso que a falta de saneamento tem nessa rotina.

“No Brasil é a mulher que cuida dos afazeres domésticos. É ela quem cozinha e é quem se ausenta do trabalho para levar o filho no posto de saúde. Portanto, a falta de saneamento afeta diretamente a sua vida em diversas esferas, com impactos inclusive na sua mobilidade socioeconômica”, afirmou.

 

Outros dados preocupantes

Desempenho escolar – As desigualdades de gênero ocorrem em todos os estágios da vida da mulher, da sua infância até a velhice. Olhando para meninas em fase escolar, o levantamento revela que o desempenho das sem acesso a banheiro foi inferior em 46 pontos na média do Enem, quando comparadas à média dos estudantes brasileiros.

Além disso, há repercussões no ingresso ao mercado de trabalho, uma vez seria possível reduzir em até 10% o atraso escolar dessas estudantes e, falando em renda, trazer um acréscimo médio de R$ 321,03 ao ano para cada uma dessas brasileiras.

 

Vulnerabilidade a doenças – A falta de água e a carência de serviços de esgoto aumentam não somente a incidência de infecções gastrointestinais como o crescente do número de casos de doenças transmitidas por mosquitos e animais.

Neste tocante, a pesquisa demonstra que as mulheres se afastaram, em média, 3,5 dias por ano de suas atividades rotineiras devido a esses problemas de saúde. As meninas com até 14 anos têm índice de afastamento por diarreia 76% maior que a média em outras idades (132,5 casos de afastamento por mil mulheres contra 76).

 

Mais investimento em saneamento reduz gastos na Saúde

Oferecer saneamento básico significa beneficiar a população com melhores condições de saúde, qualidade de vida, cidadania e dignidade, além de melhorar os aspectos econômicos e ambientais do país.

Existe uma grande relação entre a economia e o saneamento básico. Estudos mostram que para cada R$ 1 investido em saneamento, são economizados R$ 4 em saúde, pois a falta de tratamento de água e esgoto provocam diversas doenças.

Ao avaliarmos o cenário nacional entre os anos de 2010 e 2017, o Brasil gastou mais de R$ 1 bilhão em internações, uma média de R$ 140 milhões por ano. Com a universalização do saneamento básico, a redução dos custos com saúde no Brasil, segundo dados da CNI, chegaria a R$ 1,45 bilhão ao ano.

Em 20 anos, considerando o avanço gradativo do saneamento, o valor da economia com saúde, seja pelos afastamentos do trabalho, seja pelas despesas com internação no SUS, deve alcançar R$ 5,9 bilhões, segundo dados do Instituto Trata Brasil.

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