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Foto ilustrativa: Pixabay

Cuidando do outro (e de si mesmo) na quarentena

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Jaqueline Bragio

ARTIGO: Jaqueline Bragio, enfermeira e doutora e mestre em Educação; e Amanda Ribeiro, nutricionista e doutora em Saúde Coletiva.

 

Nos últimos meses estamos enfrentando diversos desafios na vida. O isolamento social e o “medo” do adoecimento são questões que provocam profundas reflexões nos indivíduos. O cuidado com a saúde e, com a prevenção da doença tão temida (Covid-19) nos provoca a repensar nossas rotinas, e em especial, nos convida a pensar sobre o “como” estamos cuidando de nós mesmos.

O conceito de cuidado é amplo e aborda a integralidade do sujeito. Cuidar é uma atitude de preocupação e envolvimento com o ser humano. Envolve afeto e respeito com o outro ser. Ou seja, se alguém tem importância para mim isso me motiva a dedicar meu tempo e atenção a ele. No autocuidado esta preocupação e atenção foca em cuidar de si mesmo. Então, para cuidar, de alguém ou de si, é preciso ter estima e afeto, eu preciso desejar o seu bem-estar, na forma integral. 

Esse é o fenômeno do cuidado humano!

Não precisamos excluir o cuidado conosco para exercer o cuidado com o outro. Podemos (e devemos) cuidar de nós! Autocuidado não é autoindulgência, mas é autopreservação. É ir além de sobreviver, mas viver com plenitude. Cuidar de si mesmo não diminui o cuidado com o outro, mas o fortalece, uma vez que cuida de sua fonte. 

Tendo isso dito, lembramos que não existe autocuidado sem autoestima. A autoestima se refere ao valor que damos a nós mesmos, o quanto compreendemos nossos desejos e valorizamos nossas necessidades. Para alguns isso é algo bem claro, mas muitos outros de nós ainda terá que desenvolver esse conhecimento. Mas como podemos fazer isso? Não tem receita de bolo, mas seguem alguns pontos que consideramos fundamentais:

  1. Autoconhecimento. Ninguém ama o desconhecido. Para amar-se é preciso conhecer-se. Não direi que é fácil, mas com certeza é necessário. Saber o que temos de melhor e os nossos pontos de melhoria é fundamental.
  2. Autoconfiança. A confiança é essencial em qualquer relacionamento saudável. Confiar em si mesmo é um passo importante para melhorar a relação com a pessoa mais importante da sua vida: VOCÊ! Se auto conhecer é saber como lidar com si mesmo e gera confiança. 
  3. Trabalhar as vulnerabilidades. Não se trata de ser perfeito. Inclusive, não precisamos viver esperando ser perfeitos para finalmente entrar na arena da vida. Buscar melhorias dos nossos pontos mais frágeis é bom. Mas ser imperfeito faz parte de ser humano. Errar e ter medo não muda o fato que você também é corajosa e merece amor e aceitação.
  4. Analisar os caminhos possíveis. Você já parou para pensar em tudo que você já realizou na vida? Pare de se comparar com outras pessoas, e pense em todas as coisas maravilhosas que você é ou já fez, e como você pode usar essas habilidades para conquistar suas metas de vida.

Cuidar do nosso interior, fortalecendo nossa autoestima, se reflete no exterior, em como cuidamos de nós. Mas o sentido inverso dessa relação também é verdadeiro. Alimentar atitudes de cuidado diariamente nos ajuda a desenvolver a autoestima. Entre esses cuidados, destacamos:

  1. Mantenha uma alimentação saudável, natural, saborosa, sem a culpa e sem o peso de expectativas externas;
  2. Pratique exercícios físicos regularmente. Dê preferência aos exercícios que fazem você se sentir bem. Não precisa começar pegando peso ou fazendo horas de aeróbico extenuante. Os benefícios da atividade física, seja ela qual for, vão além da estética. Nosso corpo, ao contrário da nossa mente, só consegue estar em um lugar de cada vez, e ele sempre está no agora, vivendo o momento presente. Isso descansa nossa mente das ansiedades e preocupações com aquilo que já aconteceu ou com aquilo que ainda está por vir;
  3. Mantenha uma rotina. Mesmo se estiver em casa, mantenha horários definidos para as refeições, para trabalhar, dormir, acordar, descansar. Nosso organismo é regido por ciclos e ter uma rotina ajuda a alinhar esse ritmo interno. Uma rotina ainda ajuda a tornar o caos da vida cotidiana mais contido e controlável.
  4. Desenvolva ou descubra um hobby (pode ser dançar, entrar em contato com a natureza, tocar um instrumento, fazer artesanato, escrever, as possibilidades são quase infinitas!);
  5. Se (re)invente! Trabalhe com a criatividade para manter a vida social (usar dos dispositivos eletrônicos para chamada de vídeo com amigos e familiares). Continuamos precisando do vigor, alegria e renovação de estar com as pessoas que amamos.

Por último, mas não menos importante, esteja aberto à mudança. Se tem uma coisa que a pandemia de Covid-19 nos mostrou é o quanto nosso controle é limitado. Podemos e devemos nos organizar e manter hábitos saudáveis para nosso corpo, mas para a saúde da mente ainda é preciso estar ciente que a vida é fluída, e nunca teremos o controle total. Acolher novas realidades e fazer nosso melhor para lidar com elas, também faz parte do autocuidado e do cuidado com o outro. Perpetue o cuidado!

Jaqueline Bragio é enfermeira. Foto: Acervo pessoal

 

Amanda Gomes Ribeiro é nutricionista. Foto: Acervo pessoal
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