Uma carreata organizada por comerciantes de Cachoeiro de Itapemirim está marcada para esta quarta-feira (26) para pedir a reabertura das lojas. Os manifestantes sairão a partir das 16 horas do parque de exposições, bairro Aeroporto, em direção ao centro da cidade.
A proposta dos organizadores é seguir até a Praça Jerônimo Monteiro, Centro, com o objetivo de entregar ao prefeito Victor Coelho manifesto com abaixo assinado que até na noite de quarta-feira reunia 143 assinaturas.
Além de empresários, a carreata também deverá reunir motoboys, funcionários, demais colaboradores e qualquer outra pessoa que apoie o movimento.
Nos convites divulgados nas redes sociais, os organizadores orientam a todos a evitar sair dos veículos, como forma de não desrespeitar decreto municipal que impede aglomeração de pessoas, e que mantenham as máscaras.
A mobilização dividiu opiniões nas redes sociais. Uns defendem a volta das lojas, com medo de desemprego e alegando possibilidade de caos. Há também os que criticam a iniciativa, afirmando que representa risco de aumentar a contaminação.
A Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acisci) se manifestou em nota oficial. Leia abaixo na íntegra o que diz a nota.
NOTA OFICIAL
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL, INDUSTRIAL E DE SERVIÇOS DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ACISCI.
Em função da grave pandemia do COVID-19 e de seus deletérios efeitos sobre a economia do mundo em geral e de nossa região em particular, a ACISCI, vem a público se manifestar e trazer ao público as seguintes informações:
1– A ACISCI registra seu repúdio a qualquer atitude que busque satisfazer interesses políticos em qualquer nível, seja federal, estadual ou municipal. Não coaduna e não participará de qualquer iniciativa em tal sentido, orientando suas ações de forma a respeitar as instituições e à ordem pública;
2– A Associação declara não ter sido consultada sobre a paralisação do setor produtivo e se posiciona a favor da volta das atividades no menor lapso temporal possível, considerando que o período determinado de 15 dias coloca em risco a sobrevivência de inúmeros empreendimentos, em especial a dos pequenos negócios;
3– Considera ser URGENTE que se busque um ponto de equilíbrio entre a urgência sanitária e as necessidades econômicas e registra que a desestruturação do comércio e dos serviços terá conseqüências tão ou mais graves que a própria pandemia;
4– Noticia que as medidas tomadas para preservação dos negócios até agora anunciadas são tímidas e ineficientes para garantir a sobrevivência das empresas, sendo necessário um radical aprofundamento das mesmas para que se garanta o emprego e a renda da população;
5– Lembra a todos que o Estado vive do que o setor privado produz, sendo impossível a manutenção de gastos públicos com saúde se os empreendimentos continuarem paralisados;
6– Alerta que a economia não é o interruptor de uma lâmpada que se liga e desliga no momento desejado e que a demora no restabelecimento da normalidade comercial pode ocasionar distorções impossíveis de serem reparadas em seu reinício tardio.
7– Coloca-se à disposição de todas as autoridades para buscar o meio termo adequado e que melhor atenda aos interesses de toda a população.
Atenciosamente,
A DIRETORIA